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Puerto Iguazú

Por Lincoln:
Dia 1
Início tranquilo, com mamãe a bordo, ao longo do interior paranaense. Clima fresco e nublado. Final da tarde já estávamos costeando a nossa esquerda a formosa floresta do Parque Nacional do Iguaçú. Chegamos em Foz do Iguaçú cerca de 17 horas e fomos direto tentar um camping. Achamos um lugar bom, porém como o chão estava bem úmido acabamos não nos sentido atraído e decidimos correr pro lado argentino. Lá nos informamos no @i (informações turísticas) sobre acomodações e já fizemo um câmbio com o atendente. Achamos umas cabañas simpáticas próximo do centro de Puerto Iguazú, nos instalamos e fomos caminhando até o centro para jantarmos.
Dia 2
No dia seguinte fomos para o Parque Nacional do Iguazú. O dia colaborou com boas doses de sol. O parque é muito bonito e organizado (houve 1 confusão na hora do ticket para o trem que levava aos pontos mais longes do parque). O volume de água no rio Iguaçú estáva bem alto.... de encher os olhos!
No fim ainda demos um pulo rápido na tríplice fronteiro, lado argentino, perdemos o pôr do sol por pouco mas deu pra ver o imponente rio Paraná acolhendo o também nada singelo Iguaçú. Corremos para o lado brasileiro para providenciar o retorno na minha mãe. Compramos a passagem na rodoviária e ligamos o cronômetro pra ir jantar. Rolou uma tensão pois o tempo estava correndo, estávamos famintos e não conhecíamos nada. No fim acabou bem: achamos um ótimo restaurante que atendeu muito bem nossos quesitos de fome, paladar e tempo. Já mais calmos, assegurei o embarque de mamãe rumo de volta a Curitiba.
21:00 horas, nós no Brasil sem lugar pra ficar ainda e já meio cansados do dia. Corremos pra fronteira atravessar deinitivamente para a Argentina....só que não. O agente fronteiriço argentino pirou que tínhamos que fazer saída do Brasil antes de entrar no país dele! Vsf (se você não sabe essa sigla, por favor, não me pergunte). Atravessamos a ponte Tancredo Neves de novo e nos dirigimos ao escritório da PF para testemunhar a rixa juvenil entre os agentes fronteiriços de ambos países. Foi um embate entre hilário e deprimente com elementos de xigamento, desconhecimento do que fazer, "jogadas" de grupo de Whatsapp deles, rancor de embates anteriores e por aí vai....rsrs. Pelo menos fomos premiados com oque acredito ser inédito: carimbo de saída do Brasil em passaportes brasileiros!
                                                                   
Achamos um hostel madrugueiro, com um adolescente entusiasmado com artistas brasileiros que tivemos dificuldade de saber quem eram. Acordamos cedo no dia seguinte, colei os adesivos clássicos (faixas reflexivas e o redondo de 110) e partimos para a rota 12 rumo a Resistência, Chaco.
Dia 3
Estrada muito agradável, tranquila, com diversos povoados ao longo dela. Paramos pra almoçar em um parador em San Ignacio Mini, cidade que na volta conhecemos melhor e gostamos. Passamos reto por Posadas pra chegar logo no objetivo do dia que era Resistencia. Passando por Corrientes já fui ficando de olho pois também tinha a tarefa de trocar óleo do motor. Pela ponte enorme trocamos de margem do imenso rio Paraná....e pensar que ali também passavam águas que nasciam na já longínqua região de Curitiba...
Chegamos em Resistencia no fim da tarde e fomos direto ao camping que nos pareceu interessante nas pesquisas. Montamos a barraca rapidamente e logo me informei onde encontraria por ali um serviço de troca de óleo de motor. Fui em uma das indicações e gostei. Tivemos dificuldade do idioma de comunicar que eu queria o óleo e filtro corretos e de qualidade especificada e eles de encontrar essas equivalências já que não estavam habituados com o modelo do carro. Mas um senhor que parecia ter dificuldades visuais foi entendendo a situação e conduzindo seus funcionários e o turista exigente (eu) pra solução, como um medium, sem levantar a cabeça de trás do balcão. Senti desse senhor muito domínio no assunto, oque me deixou tranquilo com a ação dos funcionários dele.
A Ju encontrou mercadinhos e comprou mantimentos pra nós. Jantamos e voltamos pro camping.
Então começamos a entender o pequeno perrengue que nos metemos. Mais tarde a Ju achou a definição exata: foi como acampar no Passeio Público de Curitiba! Mas frescuras à parte, foi uma pequena aventura: chão meio enlameado, banheiro com grades e cadeados, estratégia pra tentar driblar tanta luz dos holofotes.... Mas antes que pensem, não sentimos insegurança ou medo. Havia motorhomes, uma outra barraca com uns bicho-grilo da paz e muita movimentação tipo "roda de amigos" com os vigias do local.
Dia 4
Dormimos bem, acordamos às 5 da manhã, fizemos um café na lama, erguemos acampamento e saímos pra estrada antes do sol nascer. Pegamos aquela super-reta da rota 16 rumo ao pé da Cordilheira dos Andes. Horas a fio naquela planície interminável, pântanos, savanas, sem nada no horizonte...
E depois de Monte Quemado quase uma hora de estrada muito esburacada até que começamos a ver uma "moldura" de montanhas no horizonte. Vieram as curvas pré-Salta e a paisagem começou a ficar interessante. Começamos a contornar morros cobertos de florestas e logo entramos no vale da rota 9 rumo a Jujuy. Vieram também as primeiras centenas de metros de altitude, cerca de 700 a mil e poucos metros.



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